Análise

Anuário amplia recortes e análises, atento às pautas estruturais para o futuro da educação no Brasil

Chegando à sua 12ª edição, o Anuário Brasileiro da Educação Básica reforça seu papel de instrumento estratégico para pensar os próximos passos da educação no país. Com escopo ampliado – agora com mais recortes por rede de ensino –, a publicação traz um panorama robusto sobre o presente e o passado, mas com os olhos voltados para o que está por vir. Em um ano decisivo, com as discussões sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE) e a recente assinatura do decreto que institui a Política Nacional Integrada pela Primeira Infância (PNIPI), o Anuário se coloca, mais uma vez, como uma ferramenta potente para orientar o planejamento, a gestão e o debate público sobre os caminhos que o Brasil quer e precisa trilhar.

Neste ano, também chamamos a atenção para a alfabetização no país. Desde 2023, o governo federal passou a utilizar o Indicador Criança Alfabetizada (ICA) para avaliar esse componente-chave da vida escolar, e, nesta edição, o Anuário apresenta análises relacionadas à evolução do indicador desde então. Embora os dados do ICA apontem avanço – partindo de 56% de crianças alfabetizadas, em 2023, para 59,2%, no ano seguinte, existe muito trabalho a ser feito para alcançar a meta do governo federal de 80% de crianças alfabetizadas até 2030. Colocar lupa nos microdados e critérios utilizados é fundamental para guiar os esforços daqui para a frente, visando proporcionar a um maior número de crianças brasileiras o direito de saber ler e escrever.

Toda vez que uma nova edição do Anuário é lançada, fazemos questão de ressaltar o seu papel como um grande aliado de governos, entidades da sociedade civil, imprensa e de milhares de gestores de redes em todo o país. Sabemos que, quando se fala em políticas públicas, o acesso e a transparência dos dados públicos ainda são obstáculos. Na tentativa de preencher eventuais lacunas de informação em alguns indicadores (pela falta de dados oficiais), optamos por outras fontes (mantendo o rigor técnico), evitando, assim, defasagem no monitoramento. 

Como na edição de 2024, o Anuário deste ano apresenta divisões baseadas nas temáticas prioritárias da Educação Básica, seguindo a agenda sistêmica de políticas educacionais da iniciativa Educação Já. Ao longo da publicação, também abordamos tópicos como infraestrutura das escolas, formação e carreira dos professores, uso de tecnologia, financiamento, Educação Inclusiva, equidade racial, entre outras questões que fazem parte do dia a dia da educação brasileira e que são decisivas para análises aprofundadas. 

Para além do conteúdo, seguimos fortalecendo a versão digital da publicação, de maneira a aprimorar recursos e alcançar o maior número de pessoas, ultrapassando barreiras físicas e geográficas. Nesse sentido, a versão digital traz mais protagonismo aos artigos de especialistas e atualizações pontuais de informações, ao longo dos próximos meses. Claro, de maneira integrada à tradicional e insubstituível publicação impressa. Ambas fruto da parceria de mais de uma década entre Todos Pela Educação, Fundação Santillana e Editora Moderna. 

Esperamos que esses conteúdos contribuam para qualificar o debate, apoiar a tomada de decisão e orientar os próximos passos que preparem, desde agora, o futuro que a educação brasileira merece.

Priscila Cruz Presidente-executiva do Todos Pela Educação
Luciano Monteiro Presidente-executivo da Fundação Santillana
logo do todos pela educação logo da moderna logo da fundação santillana