6 Professores

Em 2023, 67% das matrículas em cursos de formação inicial docente foram na modalidade a distância.

Dentre todos os fatores escolares, é consenso que o professor é o componente mais importante para a aprendizagem dos estudantes, por ser transversal a todas as políticas educacionais. Por isso, deve ser prioridade contribuir para que tenhamos profissionais bem preparados, motivados e com condições adequadas de trabalho em todas as escolas.

Panorama dos professores brasileiros

O Brasil tem quase dois terços de seus licenciandos se formando a distância (67%). Em 2023, foi superada a marca de um milhão e cem mil matrículas no Ensino Superior em cursos voltados à docência nesta modalidade, mais que o dobro das quase 446 mil matrículas de 2013.

Já em relação à formação do atual corpo docente, 12,8% dos profissionais da Educação Básica não possuíam graduação em 2023. O pior índice foi observado na Educação Infantil, etapa em que aproximadamente um em cada cinco docentes não tem curso superior.

Quanto à carreira e remuneração, em 2023, o rendimento médio mensal dos profissionais do magistério das redes públicas, com Ensino Superior, chegou a R$ 4.942, valor que é 86% do rendimento de outros profissionais assalariados com o mesmo nível de escolaridade (R$ 5.747). Em 2013, esse percentual era de 71%. Já a modalidade de contratação em formato temporário disparou, de 2013 para 2023, na maioria das redes estaduais, que, hoje, contam com mais da metade de seu corpo docente contratada como temporária.

Outro fator importante para esses profissionais é a existência e a adoção de critérios de um Plano de Cargo e Carreira. Sob esse aspecto, 96,3% das redes municipais e 100% das estaduais possuem esse instrumento.

Formação inicial docente

Modalidade e rede de ensino

Matrículas e concluintes no Ensino Superior em cursos voltados à docência, por modalidade – Brasil (em milhares)

Matrículas

Ano

Pública - Presencial

Pública - EAD

Privada - Presencial

Privada - EAD

2013

486724

93182

420314

352790

2014

489179

94454

421473

439644

2015

475357

83881

415796

476742

2016

481043

79021

383665

558524

2017

475515

105302

354270

634304

2018

482035

108932

312552

701570

2019

485454

101511

284967

791625

2020

437131

100900

222079

879846

2021

458657

106701

166311

890705

2022

449417

101799

130787

962726

2023

434987

107370

114807

1028741

Concluintes

Ano

Pública - Presencial

Pública - EAD

Privada - Presencial

Privada - EAD

2013

58363

10975

-79762

-49787

2014

70307

11183

-70027

-62974

2015

65787

11204

-85002

-73365

2016

66258

10190

-81414

-79027

2017

64124

9044

-79417

-98555

2018

63321

11981

-68119

-104816

2019

61693

8031

-57133

-125113

2020

42768

10733

-50877

-137050

2021

46786

14771

-45917

-173749

2022

53700

11477

-36503

-153807

2023

56206

11634

-27111

-135111

Fonte:MEC/Inep/DEED - Microdados do Censo da Educação Superior.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Cursos

Concluintes por modalidade e rede dos 5 maiores cursos voltados à docência, em 2023 – Brasil (em milhares)

Fonte:MEC/Inep/DEED - Microdados do Censo da Educação Superior.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Corpo docente

Formação adequada

Professores da rede pública com formação adequada (tipo 1) na Educação Básica, por etapa – Brasil (em %)

Educação Infantil

Ano

Educação Infantil

2013

47,90%

2014

50,00%

2015

50,70%

2016

52,70%

2017

54,20%

2018

55,80%

2019

60,20%

2020

64,00%

2021

64,90%

2022

66,70%

2023

68,00%

Ensino Fundamental

Ano

Anos Iniciais

Anos Finais

2013

56,70%

46,70%

2014

59,60%

48,10%

2015

60,70%

47,50%

2016

62,60%

49,70%

2017

64,40%

48,60%

2018

67,30%

50,50%

2019

69,80%

52,00%

2020

73,50%

55,70%

2021

74,80%

57,30%

2022

77,30%

58,50%

2023

78,60%

59,20%

Ensino Médio

Ano

Ensino Médio

2013

57,20%

2014

59,00%

2015

58,30%

2016

60,10%

2017

60,70%

2018

61,60%

2019

63,30%

2020

65,00%

2021

66,10%

2022

67,40%

2023

67,70%

Fonte:MEC/Inep/DEED - Microdados do Censo Escolar.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Nota:

26

Adequação Formação Docente 1: Docentes com formação superior de licenciatura (ou bacharelado com complementação pedagógica), na mesma área da disciplina que lecionam.

Perfil docente

Professores da Educação Básica por nível de escolaridade – Brasil, todas as redes (em %)

Ano

Com Licenciatura

Sem Graduação

Sem Licenciatura

2013

69,90%

25,20%

4,9%

2014

71,80%

23,80%

4,4%

2015

71,90%

23,60%

4,5%

2016

73,20%

22,50%

4,3%

2017

74,20%

21,70%

4,2%

2018

76,70%

20,10%

3,2%

2019

79,00%

14,80%

6,3%

2020

81,30%

13,40%

5,3%

2021

83,10%

12,60%

4,3%

2022

83,90%

13,30%

2,9%

2023

84,50%

12,80%

2,7%

Fonte:MEC/Inep/DEED - Sinopses da Educação Básica.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Nota:

27

Inclui cursos de complementação pedagógica.

Perfil docente

Professores da Educação Básica por nível de escolaridade e pela etapa escolar, em 2023 – Brasil, todas as redes (em %)

Etapa

Com Licenciatura

Sem Graduação

Sem Licenciatura

Educação Infantil

78,4%

20,5%

1,1%

Ensino Fundamental
////Anos Iniciais

85,8%

12,7%

1,5%

Ensino Fundamental
////Anos Finais

90,3%

8,0%

1,7%

Ensino Médio

91,7%

3,9%

4,3%

Fonte:MEC/Inep/DEED - Sinopses da Educação Básica.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Nota:

27

Inclui cursos de complementação pedagógica.

Contratação

Docentes por tipo de contratação e rede – Brasil (em %)

Federal

 

Concursado/efetivo/estável

Contrato Temporário

Contrato terceirizado

Contrato CLT

2013

81,8%

16,8%

0,7%

0,7%

2023

85,5%

13,5%

0,5%

0,5%

Estadual

 

Concursado/efetivo/estável

Contrato Temporário

Contrato terceirizado

Contrato CLT

2013

68,4%

31,1%

0,1%

0,3%

2023

46,5%

51,6%

0,1%

1,8%

Municipal

 

Concursado/efetivo/estável

Contrato temporário

Contrato terceirizado

Contrato CLT

2013

72,8%

25,6%

0,3%

1,3%

2023

63,3%

33,8%

0,7%

2,2%


Fonte:MEC/Inep/DEED - Sinopses da Educação Básica.

Elaboração:Todos Pela Educação.

O número de professores concursados nas redes estaduais de ensino caiu ao menor patamar em dez anos, enquanto o total de temporários cresceu, de forma significativa, entre 2013 e 2023.

Carreira e remuneração

Carreira

Porcentagem de municípios e estados que possuem plano de cargo e carreira para os docentes – Brasil

titulo

Municípios

96,3%

Estados

100%

Porcentagem de municípios e estados cujo plano de carreira prevê expressamente o limite de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos - Brasil

Título

Municípios

82,9%

Título

Estados

85,2%

Quando comparamos os quesitos plano de cargo e carreira para docentes e o limite de 2/3 (dois terços) da carga horária desses profissionais para o desempenho das atividades de interação com os alunos, estados e municípios se comportam de maneira muito semelhante.

Municípios e estados que possuem os seguintes critérios para a promoção de carreira para os docentes – Brasil (em %)

Municípios

Estados

Qualificação ou titulação

92,3%

100,0%

Tempo de efetivo
//// exercício no cargo

82,3%

81,5%

Avaliação de desempenho

38,0%

44,4%

Desempenho em prova
////de conhecimentos na
////área curricular de atuação
////docente e de conhecimentos
//// pedagógicos

3,6%

11,1%

Desempenho dos alunos
////em avaliação externa

3,2%

3,7%

Incorporação permanente de
////remuneração por ocupação
////de cargo em comissão

5,2%

7,4%

Outros

4,0%

0,0%

Fonte:IBGE/Munic e Estadic 2021.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Remuneração

Remuneração média dos professores em exercício (mediana e quartis) – Valores a preços correntes, em 2020 – Brasil (em milhares de reais)

Pública

Federal

Estadual

Municipal

Privada

Média

3.758,94

12.842,94

3.625,78

3.580,33

2.486,17

1º Quartil

2.289,12

9.777,78

2.244,12

2.288,48

1.239,26

Mediana

3.186,33

12.783,45

3.116,77

3.171,85

1.810,71

3º Quartil

4.550,43

17.283,23

4.533,45

4.421,51

2.959,91

Cada quartil divide a amostra em quatro partes iguais. Dessa forma, o 1º Quartil representa que 25% dos professores têm uma remuneração menor do que os valores mostrados e 75%, maior. Já o 3º Quartil traz o inverso: 75% recebem menos e 25% mais do que esses valores. A mediana marca a metade dessa amostra, em que 50% recebem uma remuneração maior e 50%, menor.

Rede

Carga horária média semanal

Remuneração média padronizada para 40h semanais (em R$)

Pública

29,5

5.104,73

Federal

39,6

12.977,57

Estadual

29,3

4.946,54

Municipal

29,2

4.896,65

Privada

28,1

3.534,28

Fonte:Censo da Educação Básica e Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) - ano base.

Elaboração:Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Notas:

28

Número de docentes em exercício na Educação Básica (função que exerce na escola igual a docente ou docente titular - coordenador de tutoria - EAD) registrados no Censo Escolar.

29

Contabiliza o número de docentes do Censo que foram localizados na RAIS em algum emprego vinculado à Educação (avaliado pela Classificação Brasileira de Ocupações ou Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e cuja natureza jurídica do contrato era equivalente à rede de ensino do Censo Escolar.

30

De acordo com as orientações de preenchimento da RAIS, integram as remunerações mensais: salários, ordenados, vencimentos, soldos, soldadas, honorários, vantagens, adicionais extraordinários, suplementações, representações, bonificações, gorjetas, gratificações, participações, produtividade, porcentagens, comissões e corretagens (o 13º salário não é incluído nas remunerações mensais).

31

A média da remuneração bruta corresponde à seguinte fórmula: (Total de remunerações recebidas, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/ (Total de meses trabalhados, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa).

32

A carga horária média semanal corresponde à seguinte fórmula: (Total de horas contratuais trabalhadas, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/(Total de meses trabalhados, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/4.

33

A remuneração média padronizada para 40 horas semanais pode ser calculada pela seguinte fórmula: 40*(média da remuneração bruta)/(carga horária média semanal).

34

A remuneração bruta de um docente corresponde à seguinte fórmula: (Total de remunerações recebidas pelo docente, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/(Total de meses trabalhados pelo docente, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa).

Remuneração

Rendimento bruto médio mensal dos profissionais das redes públicas da Educação Básica com nível superior completo e dos demais profissionais assalariados com mesmo nível de escolaridade - Em milhares de reais e relação entre eles (%) - Brasil

Demais profissionais

Profissionais do magistério

2013

7.089,04

5.055,26

2014

7.194,97

5.051,59

2015

6.961,57

4.991,08

2016

6.605,50

4.625,14

2017

6.495,39

4.857,20

2018

6.522,09

4.907,16

2019

6.303,97

4.898,13

2020

6.252,43

5.090,07

2021

6.008,64

4.996,82

2022

5.607,89

4.612,01

2023

5.747,17

4.942,63

Relação percentual

2013

71,3%

2014

70,2%

2015

71,7%

2016

70,0%

2017

74,8%

2018

75,2%

2019

77,7%

2020

81,4%

2021

83,2%

2022

82,2%

2023

86,0%

Fonte:IBGE/Pnad Contínua.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Nota:

36

Valores corrigidos pela variação do IPCA/IBGE a preços de maio/2023.

Nos estados

Contratação

Docentes em contrato temporário – por rede e unidade da federação (em %)

UF

Estadual

Municipal

2013

2023

2013

2023

UF

Brasil

Estadual

31,1

Municipal

51,6

2013

25,6

2023

33,8

UF

Norte

UF

Acre

Estadual

65,5

Municipal

75,1

2013

61,1

2023

53,3

UF

Amapá

Estadual

17,8

Municipal

30,2

2013

24,1

2023

33,6

UF

Amazonas

Estadual

41,4

Municipal

9,8

2013

41,5

2023

53,2

UF

Pará

Estadual

17,2

Municipal

6,4

2013

44,1

2023

48,7

UF

Rondônia

Estadual

14,8

Municipal

29,0

2013

11,2

2023

12,4

UF

Roraima

Estadual

40,2

Municipal

34,9

2013

48,5

2023

34,6

UF

Tocantins

Estadual

35,5

Municipal

79,4

2013

31,7

2023

46,0

UF

Nordeste

UF

Alagoas

Estadual

50,2

Municipal

37,8

2013

33,7

2023

55,5

UF

Bahia

Estadual

30,3

Municipal

6,9

2013

23,4

2023

35,4

UF

Ceará

Estadual

66,7

Municipal

57,0

2013

36,2

2023

45,5

UF

Maranhão

Estadual

29,9

Municipal

55,1

2013

39,7

2023

46,6

UF

Paraíba

Estadual

45,2

Municipal

45,4

2013

29,4

2023

43,3

UF

Pernambuco

Estadual

43,9

Municipal

62,5

2013

35,1

2023

49,6

UF

Piauí

Estadual

38,0

Municipal

53,3

2013

23,7

2023

36,7

UF

Rio Grande do Norte

Estadual

6,8

Municipal

6,3

2013

21,9

2023

31,2

UF

Sergipe

Estadual

8,1

Municipal

30,2

2013

12,7

2023

35,7

UF

Sudeste

UF

Espírito Santo

Estadual

72,2

Municipal

73,4

2013

41,0

2023

51,0

UF

Minas Gerais

Estadual

13,1

Municipal

80,4

2013

30,5

2023

33,9

UF

Rio de Janeiro

Estadual

4,9

Municipal

4,3

2013

13,5

2023

18,5

UF

São Paulo

Estadual

25,7

Municipal

50,7

2013

10,3

2023

21,0

UF

Sul

UF

Paraná

Estadual

39,3

Municipal

50,9

2013

5,2

2023

13,8

UF

Rio Grande do Sul

Estadual

37,6

Municipal

58,7

2013

8,7

2023

17,5

UF

Santa Catarina

Estadual

58,3

Municipal

71,0

2013

38,9

2023

42,1

UF

Centro-Oeste

UF

Distrito Federal

Estadual

27,6

Municipal

56,4

2013

-

2023

-

UF

Goiás

Estadual

27,8

Municipal

47,6

2013

18,7

2023

27,8

UF

Mato Grosso

Estadual

64,6

Municipal

66,4

2013

43,4

2023

45,4

UF

Mato Grosso do Sul

Estadual

64,7

Municipal

69,6

2013

49,6

2023

52,1

Fonte:MEC/Inep/DEED - Sinopses da Educação Básica.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Carreira

Porcentagem de municípios que, em 2021, possuíam plano de cargo e carreira e critérios para os docentes – por unidade da federação

UF

Plano cargo e carreira

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

UF

Brasil

Plano cargo e carreira

96,3

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

82,9

UF

Norte

UF

Acre

Plano cargo e carreira

91

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

90

UF

Amapá

Plano cargo e carreira

98

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

80

UF

Amazonas

Plano cargo e carreira

100

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

100

UF

Pará

Plano cargo e carreira

97

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

74

UF

Rondônia

Plano cargo e carreira

94

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

90

UF

Roraima

Plano cargo e carreira

100

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

93

UF

Tocantins

Plano cargo e carreira

91

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

91

UF

Nordeste

UF

Alagoas

Plano cargo e carreira

98

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

91

UF

Bahia

Plano cargo e carreira

98

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

84

UF

Ceará

Plano cargo e carreira

99

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

86

UF

Maranhão

Plano cargo e carreira

97

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

89

UF

Paraíba

Plano cargo e carreira

100

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

93

UF

Pernambuco

Plano cargo e carreira

98

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

91

UF

Piauí

Plano cargo e carreira

98

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

91

UF

Rio Grande do Norte

Plano cargo e carreira

99

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

87

UF

Sergipe

Plano cargo e carreira

97

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

90

UF

Sudeste

UF

Espírito Santo

Plano cargo e carreira

100

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

78

UF

Minas Gerais

Plano cargo e carreira

89

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

77

UF

Rio de Janeiro

Plano cargo e carreira

93

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

49

UF

São Paulo

Plano cargo e carreira

96

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

84

UF

Sul

UF

Paraná

Plano cargo e carreira

99

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

80

UF

Rio Grande do Sul

Plano cargo e carreira

100

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

68

UF

Santa Catarina

Plano cargo e carreira

98

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

88

UF

Centro-Oeste

UF

Distrito Federal

Plano cargo e carreira

100

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

100

UF

Goiás

Plano cargo e carreira

96

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

91

UF

Mato Grosso

Plano cargo e carreira

98

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

88

UF

Mato Grosso do Sul

Plano cargo e carreira

95

Plano prevê 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os alunos

93

Fonte:IBGE/Munic 2021.

Elaboração:Todos Pela Educação.

Remuneração

Remuneração média dos professores da rede pública em exercício (mediana e quartis) - Valores a preços correntes, em 2020 – por unidade da federação, em R$

UF

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

Remuneração Bruta, em R$

Carga horária média semanal

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

1º quartil

Mediana

Média

3º quartil

Desvio padrão

UF

Brasil

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.289,12

Remuneração Bruta, em R$

3.186,33

Carga horária média semanal

3.758,94

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.550,43

1º quartil

2.371,79

Mediana

29,5

Média

5.104,73

UF

Norte

UF

Acre

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.162,41

Remuneração Bruta, em R$

2.494,90

Carga horária média semanal

2.835,87

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.178,00

1º quartil

1.451,60

Mediana

30,0

Média

3.781,58

UF

Amapá

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

4.095,98

Remuneração Bruta, em R$

5.521,60

Carga horária média semanal

5.774,31

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

6.775,24

1º quartil

2.305,07

Mediana

38,8

Média

5.946,60

UF

Amazonas

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.092,45

Remuneração Bruta, em R$

2.605,93

Carga horária média semanal

3.108,66

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.820,67

1º quartil

1.832,58

Mediana

29,2

Média

4.259,94

UF

Pará

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.616,02

Remuneração Bruta, em R$

3.954,03

Carga horária média semanal

4.344,39

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

5.624,86

1º quartil

2.339,57

Mediana

29,4

Média

5.907,51

UF

Rondônia

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.879,10

Remuneração Bruta, em R$

3.674,65

Carga horária média semanal

3.741,21

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.048,48

1º quartil

1.753,59

Mediana

35,0

Média

4.281,22

UF

Roraima

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.893,52

Remuneração Bruta, em R$

3.426,87

Carga horária média semanal

4.074,79

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.561,69

1º quartil

2.154,92

Mediana

35,4

Média

4.604,52

UF

Tocantins

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.530,32

Remuneração Bruta, em R$

3.535,78

Carga horária média semanal

3.775,19

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.367,43

1º quartil

2.215,55

Mediana

36,6

Média

4.125,61

UF

Nordeste

UF

Alagoas

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

1.775,58

Remuneração Bruta, em R$

2.436,11

Carga horária média semanal

2.882,03

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.358,77

1º quartil

2.347,94

Mediana

30,2

Média

3.811,25

UF

Bahia

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.126,16

Remuneração Bruta, em R$

3.264,16

Carga horária média semanal

4.060,04

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

5.248,27

1º quartil

2.744,02

Mediana

28,7

Média

5.653,20

UF

Ceará

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

1.658,89

Remuneração Bruta, em R$

2.325,87

Carga horária média semanal

3.001,79

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.840,71

1º quartil

2.129,52

Mediana

29,3

Média

4.098,50

UF

Maranhão

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.254,80

Remuneração Bruta, em R$

3.132,49

Carga horária média semanal

3.399,97

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.933,48

1º quartil

1.965,87

Mediana

24,3

Média

5.591,32

UF

Paraíba

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.083,34

Remuneração Bruta, em R$

2.956,69

Carga horária média semanal

3.199,71

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.723,95

1º quartil

2.280,73

Mediana

34,8

Média

3.672,87

UF

Pernambuco

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

1.854,68

Remuneração Bruta, em R$

2.920,32

Carga horária média semanal

3.300,87

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.124,42

1º quartil

2.320,02

Mediana

35,2

Média

3.751,99

UF

Piauí

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

1.773,52

Remuneração Bruta, em R$

2.944,79

Carga horária média semanal

3.366,71

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.240,64

1º quartil

2.351,60

Mediana

32,8

Média

4.109,79

UF

Rio Grande do Norte

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.910,81

Remuneração Bruta, em R$

3.664,93

Carga horária média semanal

4.157,93

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.535,96

1º quartil

2.714,61

Mediana

30,9

Média

5.378,28

UF

Sergipe

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

3.733,17

Remuneração Bruta, em R$

4.685,82

Carga horária média semanal

4.928,66

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

5.712,81

1º quartil

2.528,13

Mediana

38,3

Média

5.153,30

UF

Sudeste

UF

Espírito Santo

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.141,37

Remuneração Bruta, em R$

2.620,55

Carga horária média semanal

3.136,81

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.471,07

1º quartil

2.189,24

Mediana

25,9

Média

4.839,97

UF

Minas Gerais

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.135,81

Remuneração Bruta, em R$

2.661,22

Carga horária média semanal

3.154,48

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.638,80

1º quartil

2.109,44

Mediana

25,1

Média

5.017,79

UF

Rio de Janeiro

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.176,84

Remuneração Bruta, em R$

3.006,48

Carga horária média semanal

3.906,54

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.864,89

1º quartil

2.590,04

Mediana

27,2

Média

5.755,21

UF

São Paulo

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.792,82

Remuneração Bruta, em R$

3.634,58

Carga horária média semanal

4.224,87

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

5.074,64

1º quartil

2.267,48

Mediana

32,9

Média

5.133,01

UF

Sul

UF

Paraná

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.318,62

Remuneração Bruta, em R$

3.094,49

Carga horária média semanal

3.525,44

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.137,16

1º quartil

1.961,56

Mediana

24,8

Média

5.697,01

UF

Rio Grande do Sul

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.193,85

Remuneração Bruta, em R$

2.876,14

Carga horária média semanal

3.371,08

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

3.715,39

1º quartil

2.268,93

Mediana

25,5

Média

5.285,55

UF

Santa Catarina

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.032,67

Remuneração Bruta, em R$

3.128,92

Carga horária média semanal

3.664,10

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.520,09

1º quartil

2.500,46

Mediana

29,1

Média

5.034,35

UF

Centro-Oeste

UF

Distrito Federal

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

4.902,53

Remuneração Bruta, em R$

5.650,63

Carga horária média semanal

6.545,92

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

8.442,62

1º quartil

2.584,47

Mediana

33,8

Média

7.748,63

UF

Goiás

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.652,69

Remuneração Bruta, em R$

4.527,71

Carga horária média semanal

4.678,33

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

5.952,86

1º quartil

2.588,95

Mediana

35,8

Média

5.234,28

UF

Mato Grosso

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.598,99

Remuneração Bruta, em R$

4.104,89

Carga horária média semanal

4.348,56

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

5.613,45

1º quartil

2.493,49

Mediana

34,5

Média

5.042,20

UF

Mato Grosso do Sul

Dados de remuneração dos docentes localizados na Rais

2.334,03

Remuneração Bruta, em R$

3.230,82

Carga horária média semanal

3.656,82

Remuneração média padronizada para 40h semanais, em R$

4.395,53

1º quartil

2.126,81

Mediana

22,2

Média

6.586,58

Fonte:Censo da Educação Básica e Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) - Ano base.

Elaboração:Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Notas:

29

Contabiliza o número de docentes do Censo que foram localizados na RAIS em algum emprego vinculado à Educação (avaliado pela Classificação Brasileira de Ocupações ou Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e cuja natureza jurídica do contrato era equivalente à rede de ensino do Censo Escolar.

30

De acordo com as orientações de preenchimento da RAIS, integram as remunerações mensais: salários, ordenados, vencimentos, soldos, soldadas, honorários, vantagens, adicionais extraordinários, suplementações, representações, bonificações, gorjetas, gratificações, participações, produtividade, porcentagens, comissões e corretagens (o 13º salário não é incluído nas remunerações mensais).

31

A média da remuneração bruta corresponde à seguinte fórmula: (Total de remunerações recebidas, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/ (Total de meses trabalhados, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa).

32

A carga horária média semanal corresponde à seguinte fórmula: (Total de horas contratuais trabalhadas, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/(Total de meses trabalhados, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/4.

33

A remuneração média padronizada para 40 horas semanais pode ser calculada pela seguinte fórmula: 40*(média da remuneração bruta)/(carga horária média semanal).

34

A remuneração bruta de um docente corresponde à seguinte fórmula: (Total de remunerações recebidas pelo docente, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa)/(Total de meses trabalhados pelo docente, em 2020, no ente federado, na dependência administrativa).

37

O Secretário de Estado do Rio de Janeiro solicitou a exclusão do resultado da rede estadual, informando que houve um equívoco na informação da carga horária contratual na RAIS, gerando uma informação não correspondente com a realidade.

Opinião

Novas Diretrizes, velhos desafios: a urgência da formação inicial docente

O Ministério da Educação (MEC) homologou, em 2024, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a Formação Inicial em Nível Superior de Profissional do Magistério da Educação Escolar Básica (Resolução 04/2024), um marco significativo para a Educação brasileira.

Há três avanços a serem destacados nas novas DCNs: 1) sustentação de que os futuros professores sejam formados com foco nas práticas docentes; 2) reconhecimento das redes de ensino e escolas da Educação Básica como corresponsáveis pela formação dos professores; e 3) definição clara do perfil do egresso.

Com muita ênfase, foi reafirmada a necessidade de maior articulação, inclusive com formalização através de convênios, das instituições formadoras e as redes de ensino e suas escolas, visando estruturar e propiciar o campo de estágio e práticas docentes.

A existência de Diretrizes que orientam a formação de professores está em linha com as evidências científicas e experiências educacionais exitosas. É também um movimento que faz sentido, dado que a figura do professor explica 60% da aprendizagem do estudante e é mais importante do que todos os demais fatores intraescolares juntos (Instituto Península, 2024).

Um dos principais desafios na formação de professores é a desconexão entre os cursos de formação inicial e a realidade escolar. Muitos cursos de licenciatura, na contramão das Diretrizes, ainda mantêm um currículo que não reflete os desafios da escola. Este descompasso, em muitos casos, resulta na preparação inadequada dos futuros professores, que enfrentam um ambiente escolar cada vez mais complexo e diversificado.

Além disso, a modalidade de Ensino a Distância cresceu significativamente nos últimos dez anos. Em 2023, mais de um milhão de matrículas foram registradas em cursos voltados para a docência no EaD, o que representa mais que o dobro das matrículas de 2013. Embora a Educação a Distância tenha contribuído para a democratização do acesso ao Ensino Superior, sua eficácia na formação docente ainda é debatida.

Ainda que importantes, as novas DCNs não representam uma bala de prata para todos os desafios enfrentados pela Educação. Elas servem mais como um guia estratégico para melhorar a formação dos futuros professores. Devemos, no entanto, enfrentar o desafio da sua implementação. O MEC e o CNE (Conselho Nacional de Educação) deveriam formar um Grupo de Trabalho, composto pelas Instituições de Ensino Superior (IES) formadoras e pelas redes de Educação Básica, para mapear os desafios da implementação e pactuar estratégias e ações de transformação para a formação inicial de professores.

Haroldo Corrêa Rocha

Coordenador-geral do Movimento Profissão Docente

AnteriorEducação de Jovens e AdultosPróximoGestão Escolar